quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Piso salarial de professores será de R$ 1.187


MEC esclarece que remuneração vale para quem trabalha 40 horas semanais. Reajuste foi de 15,85% em relação a 2010

Último Segundo

O salário mínimo do professor brasileiro deve ser a partir de agora de R$ 1.187,08. O valor é 15,85% maior do que o piso salarial de 2010, que estava em R$ 1.024,67. Em nota oficial, o Ministério da Educação explicou que têm direito a essa remuneração mínima professores de nível médio que trabalhem 40 horas semanais. Não há piso definido para quem trabalha apenas 20 horas semanais. A Lei nº 11.738, que regulamenta a remuneração mínima, afirma que os trabalhadores em jornadas diferentes das 40h semanais devem ganhar salários "proporcionais" ao piso.

O reajuste do piso salarial dos professores da educação básica - que ainda é alvo de ação na Justiça - foi calculado com base no valor mínimo gasto por aluno segundo o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Em nota, o MEC diz que todas as redes educacionais, públicas ou privadas, devem cumprir a determinação de aumentar os salários dos professores de acordo com o novo percentual, já que "essa remuneração está assegurada pela Constituição Federal".

A determinação vale a partir de janeiro. Portanto, os salários dos professores terão de ser reajustados desde já. A Confederação Nacional dos Municípios discorda da decisão. Em nota, eles reclamam que os cálculos do ministério são feitos com os valores estimados para serem gastos com cada aluno no ano anterior e que o gasto real - que segundo eles deveria ser o utilizado para calcular o reajuste dos professores - só é conhecido em abril. Só nessa data os dirigentes municipais acreditam que a correção salarial deveria ser feita.

Seguindo essa lógica da CNM, o piso salarial em 2010 seria de R$ 994 e não R$ 1.024,67. O problema é que muitos municípios alegam não ter recursos financeiros para pagar o piso aos seus professores. A nota do MEC ressalta que "o aumento é determinado de acordo com a definição do custo-aluno pela lei do Fundeb, no início do ano".

Ajuda a quem não pode pagar

A novidade é que o ministério aprovou novos critérios para ajudar prefeituras e governos estaduais que não podem cumprir o piso. A resolução da Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade determina que o orçamento de quem não pode pagar o piso salarial aos professores seja complementado com verbas federais seguindo os seguintes critério:

1. Aplicar 25% de suas receitas na manutenção e desenvolvimento do ensino;
2. Preencher o SIOPE (Sistema de Informações sobre Orçamento Público na Educação);
3. Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino;
4. Dispor de plano de carreira para o magistério com lei específica;
5. Demonstração cabal do impacto da lei do piso nos recursos do Estado ou município;

De acordo com o MEC, o "esforço desprendido pelas administrações solicitantes na tentativa de pagar o piso salarial do magistério" será avaliado com essas informações. Há uma reserva de R$ 1 bilhão para este fim.

Os critérios foram negociados pelo MEC com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Estado da Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As entidades consideravam a portaria anterior muito rigorosa. Porém, de fato, receberão a ajuda os Estados que já recebem complementação da União para garantir os investimentos mínimos em educação (por aluno): Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

Piso provisório

O consultor educacional da Undime, Luiz Araújo, lembra que esse é um piso salarial "provisório". Ele explica que existe um projeto de lei tramitando na Câmara dos Deputados que fixa novas fórmulas para cálculo do reajuste do piso. A conta passaria a ser feita com base nos valores efetivamente gastos por Estados e municípios com cada aluno nos dois últimos anos. Aí, o reajuste não poderia ser feito no começo do ano, quando o valor do custo-aluno do Fundeb efetivo não é conhecido.

"O importante é que, com a aprovação da lei, todos os Estados e municípios terão de cumprir esse pagamento. O reajuste anunciado pelo MEC não está em ato oficial e muitos dirigentes encaram como recomendação", comenta. Para Luiz, o percentual de reajuste é bom se comparado à inflação. "Mas o valor do piso do professor ainda não é atrativo", ressalta.

Professores contestam cálculo

Mais do que não considerar os valores atrativos, a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) discorda do modo como o MEC indica o cálculo do reajuste. Segundo Roberto Leão, presidente da confederação, a lei 11.738, de julho de 2008, que regulamenta a instituição do piso, diz que o reajuste deve seguir o mesmo percentual do reajuste do custo por aluno. "Para nós, o reajuste teria de ser de 21,72%. Consideramos essa interpretação do MEC equivocada", diz.

O artigo de nº 5, citado por Leão, afirma que o reajuste do piso deve ser feito sempre em janeiro e que a atualização dos valores deve ser feita "utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano definido nacionalmente". Para Leão, o ministério cede à pressão de prefeitos e governadores que afirmam não ter dinheiro para pagar o piso.

"Já sugerimos que muitos sindicatos entrem na Justiça para questionar esse valor. Com a votação do projeto que está no Congresso, ninguém teria mais desculpa para descumprir o pagamento do piso. Por isso é importante que ele seja votado logo", ressaltou.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

CNTE realiza seminário sobre o PNE




A CNTE convoca os membros do Conselho Nacional de Entidades e convida os representantes de entidades educacionais parceiras na luta pelo direito à educação pública de qualidade para participar do seminário sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), que será realizado no dia 24 de fevereiro, às 9hs, no auditório da CNTE, em Brasília. O Sinteal estará representado pelas diretoras Célia Capistrano, Consuelo Correia e Girlene Lázaro.
O seminário fará uma avaliação criteriosa sobre a proposta do PNE, elaborada pelo Ministério da Educação, acerca do financiamento, da gestão democrática, da valorização profissional e das implicações do pacto federativo, levando-se em consideração as deliberações da Conae e do documento de análise preliminar da CNTE.

O debate é importante, tendo em vista a tramitação do Projeto de Lei nº 8.035/10 que trata da aprovação do Plano Nacional de Educação.

O Seminário segue também, os encaminhamentos do 31º Congresso Nacional da CNTE, que deliberou propostas para composição do PNE e orientou a ampla participação dos/as trabalhadores/as em educação no processo de debate do Plano Nacional e dos respectivos Planos Estaduais, Distrital e Municipais.


PROGRAMAÇÃO
9:00 Abertura
Roberto Franklin de Leão – Presidente da CNTE

9:30 A visão dos/as trabalhadores/as e da sociedade organizada sobre o PNE/MEC
Heleno Araújo Filho – Secretário de Assuntos Educacionais da CNTE
José Thadeu Rodrigues de Almeida – Secretário de Assuntos Educacionais da CONTEE
Daniel Cara – Coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

12:30 Almoço

14:00 O PNE e o pacto federativo
Carlos Augusto Abicalil – Secretário de Educação Especial do Ministério da Educação
Representante do Consed
Representante da Undime

16:30 O PNE no Congresso Nacional
Deputada Fátima Bezerra – Relatora do PL 8.035/2010 na Comissão de Educação e
Cultura da Câmara dos Deputados

FONTE: CNTE

 

Secretaria Estadual de Educação apresenta projetos para os municípios na próxima 2ª feira — Educacao

Secretaria Estadual de Educação apresenta projetos para os municípios na próxima 2ª feira — Educacao

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Municípios alagoanos têm até o dia 28 de fevereiro para aderir ao Programa Estadual de Gestão Integrada do Transporte Escolar

PRAZO DE ADESÃO
Municípios alagoanos têm até o dia 28 de fevereiro para aderir ao Programa Estadual de Gestão Integrada do Transporte Escolar

Foto: Valdir Rocha

Ricardo Moresi

Termina no próximo dia 28 o prazo para a adesão Programa Estadual de Gestão Integrada do Transporte Escolar (Pegite). As normas foram publicadas nesta segunda-feira, dia 7, no Diário Oficial do Estado (DOE). Para participar do programa o município deverá assinar e encaminhar à SEE, até o prazo estabelecido, toda a documentação referente à adesão ao Pegite. A transferência dos recursos financeiros aos municípios é feita automaticamente, sem necessidade de convênio.

A iniciativa tem por objetivo oferecer aos municípios assistência financeira visando à garantia da oferta de transporte aos estudantes com prioridade para os residentes em área rural. O programa considera a necessidade de oferecer transporte escolar para o acesso e permanência dos alunos nas escolas da educação básica da rede pública estadual e contribui para a diminuição dos índices de repetência e evasão escolar.

A prestação de contas dos recursos recebidos à conta do Pegite é feita pelo município participante, em conformidade com a legislação vigente e com o disposto na resolução acompanhada do termo de cumprimento dos objetivos emitido pela CRE a qual a cidade pertence.

Todos os detalhes sobre o Pegite podem ser conferidos na versão impressa do Diário Oficial do Estado publicada nesta segunda-feira.

Retrospecto – No último ano, fizeram adesão ao Pegite os municípios de Jaramataia, Lagoa da Canoa, Atalaia, Barra de São Miguel, Batalha, Belo Monte, Boca da Mata, Branquinha, Cacimbinhas, Campestre, Campo Grande, Capela, Chã Preta,Coruripe, Feliz Deserto, Jacaré dos Homens, Jacuípe, Limoeiro de Anadia, Monteirópolis, Pão de Açúcar, Passo de Camaragibe, Roteiro, São Brás, São José da Laje, São Sebastião e Taquarana, totalizando 9.722 alunos beneficiados.
Ações

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Portaria define diretrizes para ano letivo 2011 na rede pública estadual

Em portaria publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (8), o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), estabelece as diretrizes para o ano letivo 2011 nas escolas da rede pública estadual. O calendário da rede pública estadual terá início no dia 21 de fevereiro, sendo que, uma semana antes, no período de 14 a 18 de fevereiro, as unidades de ensino deverão fazer sua semana pedagógica, cujo tema será “Aprendizagem: Foco e Meta da Rede Estadual de Ensino”.

Durante a semana pedagógica, a direção da escola e seu corpo docente discutirão assuntos relativos à organização do ano letivo 2011 e do grade de reposição de disciplinas pendentes, definição do horário dos professores e planejamento da recepção dos alunos em seu primeiro dia de aula. As unidades que ainda não terminaram o ano letivo 2010 deverão realizar sua semana pedagógica antes do início das aulas de 2011.

O calendário escolar deverá computar 200 dias letivos, como também incluir as datas dos feriados municipais, atividades de reunião pedagógica, assembleias gerais da comunidade, reuniões de conselhos escolares e de pais e mestres. Cada unidade de ensino poderá optar por dois tipos de calendário escolar: um regular, de segunda a sexta e outro incluindo aulas aos sábados.

Nos calendários regulares, as aulas têm início no dia 21 de fevereiro e terminam em 27 de dezembro, com pausa para recesso escolar no período de 18 de junho a 03 de julho. Neste caso, o cronograma para a aplicação das atividades de recuperação vai de 28 de dezembro a 10 de janeiro.

Já os calendários que contemplam os sábados também começam suas atividades no dia 21 de fevereiro, pausam para recesso no de 19 de junho e 03 de julho e encerram o ano letivo no dia 28 de novembro, ficando período de 29 de novembro para 10 dezembro reservado para a recuperação final.

Grade curricular

No referente à grade curricular, a portaria também lista as disciplinas a serem ministradas bem como a carga horária anual exigida em cada série. Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os alunos deverão cumprir 840 horas por ano; do 6º ao 9º, 880 horas no turno diurno e 840 no noturno. Já no Ensino Médio, esta carga sobe para 1.000 horas no período diurno e 880 no turno noturno, enquanto os alunos do Módulo de Educação de Jovens e Adultos (EJA) terão que cumprir 840 horas anuais para as aulas no período diurno e 640 no horário noturno.

Dentre as disciplinas com maior carga horária estão Português, Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia e Educação Física